Vou marcar um xis no chão
e vou ficar lá.
Vou marcar um xis no chão
e vou ter o meu lugar.
Mesmo que o terreno não seja meu.
O xis vai ser.
Quem festeja o marco do homem na Lua,
não sabe o que é a ausência da gravidade.
Flutuar e não ter onde fincar os pés.
Quem festeja uma bandeira no nada,
não sabe o que é o espaço e o vazio.
Já eu, não preciso ser astronauta para saber o que é isso.
Eu já tenho meu campo gravitacional e opaco
dentro e fora de mim.
Por isso, vou marcar meu xis no chão.
Vou marcar meu xis
em um pequeno espaço da Litosfera.
Somente assim poderei dar um destino certo
a uma parte de mim.
As lágrimas que encontrarão o chão.
Um lugar para chamar de meu.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Um espaço para chamar de meu
Postado por
Karila
às
21:01
Marcadores: poesia
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2 comentários:
Já pensei num lugar pra passar o resto dos meus dias. Mas não se trata de uma meta. É, talvez, mais um daqueles pensamentos fluidos, que chegam e escapam velozes.
Não me incomodo em mudar de lugar.
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