segunda-feira, 31 de março de 2008

Final inexperado

Calma! Calma!

Quem escreveu isso foi o tradutore do WinRar. Vejam com seus próprios olhos:


Como eu gosto de creditar, taí o sujeito. Que coisa feia Paulinho!

domingo, 30 de março de 2008

Funk Carioca

Que eu sou fã do funk carioca, isso não é novidade nesse blog, mas eu precisava mostrar para vocês umas das minhas músicas prediletas desse ritmo. A situação descrita tanto na primeira versão, quanto na resposta que ela gerou, é bastante corriqueira, do cotidiano mesmo. Possivelmente alguém até se identifique com a letra.... hehehehehhe

Lanchinho da Madrugada

A minha mina esta em casa / Ta dormindo no sofá / Enquanto eu to no baile / Preparado pra zuar / Vo pegando as mulheres / Que pensa que é minha mina / So pego naquela noite / Pra fortalecer no dia / Não compara com a de fé / Tu é lanchinho da madrugada / Mas se mexer com a fiel / Tu vai se ligar na parada / [refrão] Ah minha mina / Ela não liga é pra nada / A mina que eu pego na pista / É lanchinho da madrugada / Se põe no teu lugar / E que para pra pensar / Tá comigo aqui agora / Mas a de fé esta lá / [refrão] Ah minha mina / Ela não liga é pra nada / A mina que eu pego na pista / É lanchinho da madrugada

Resposta do Lanchinho

Ah sua mina está em casa / Com o amante no sofá / E vc vem pro baile / Tá querendo exculaxar! / Tá andando cheio de marra / Pensando que é o bam bam bam / E lá na sua casa / Tem festa até de manhã / Vem pro baile, seu otário / Pensando que é garanhão / Enquanto na sua casa / Sua mulher tá com um negão / É claro que sua mina / Não vai ligar pra nada / Você esta lanchando / E ela esta sendo lanchada

Isso sim é que é música POPULAR BRASILEIRA!!

terça-feira, 25 de março de 2008

Medo e A Cidade do Sol

Um dia, no trabalho:

- Preta, não sei se eu vá.
- Ah menina, medo ficou para o homem. Você não pode ter medo não. Mulher é força!


Fiquei me perguntando se a segunda sabia que eu tenho medo e queria pisar no meu calo ou achava mesmo que eu ia abrir a boca e fazer algum comentário. Bem que eu queria me intrometer. Mas com elas tenho economizado palavras. Na verdade, tenho economizado palavras com muita gente; não seria diferente com as chatas.

Ruminei a frase: "medo ficou para o homem". Por alguns instantes me convenci de que aquilo era verdade. E não foi difícil achar exemplo nas várias nuances. Quando o homem é autoritário, ele o é por medo. Quando é inerte, também.

O homem tem medo de ser traído.
O homem deixa a educação do filho sob a responsabilidade da mulher (alguém deve assumir a culpa caso dê tudo errado).
A mulher escolhe a roupa do homem.
A mulher tem dupla jornada (trabalho/casa).
O homem quer ser o herói para os filhos (ele tem medo de não ser amado).
A mulher é a culpada pelos equívocos do homem (homem não erra).
A mulher não pode engordar 5 kg, mas o homem pode se tornar um barril e ficar careca que ainda se sente o próprio Clark Gable.
O homem que farreia é fanfarrão; a mulher é puta.
O homem sente um alívio quando a filha se casa. (1º: não vai dar pra todo mundo; 2º: não vai ficar encalhada; 3º: não é lésbica)


Pode não parecer, mas o comportamento de muitos homens (e mulheres) é conseqüência do medo. São muitos tabus que a sociedade acabou aceitando e que estão sendo quebrados. Um estória que ilustra bem o drama é A Cidade do Sol (A Thousand Splendid Suns), de Khaled Hosseini. As coisas se passam no Afeganistão.



Mariam é filha de Jalil e Nana. Mas ela é uma harami (bastarda). Jalil tem três esposas e tem vergonha do seu passado com Nana. Por isso, resolve escondê-las da sociedade. Já adolescente (1974) - mas ainda fascinada pelo pai - Mariam, contra a vontade da mãe, resolve conhecer os seus irmãos e a casa onde o pai mora. Ele não a recebe, o que a deixa decepcionada. Quando volta pra casa, vê o corpo da mãe pendendo de uma árvore por uma corda. Jalil improvisa um casamento para a filha com Rashid, o sapateiro. A garota vai viver o seu inferno em Cabul.

Poucos anos depois (1978) nasce Laila, filha dos vizinhos (Hakim e Fariba) da nova casa de Mariam. Na mesma época, o Afeganistão é invadido pela União Soviética. Laila cresce ao lado do grande amor, Tariq. Hakim incentiva a filha a estudar como forma de crescer intelectualmente e não viver em função de um casamento. Em 1989, os soviéticos deixam Cabul. A URSS está desmoronando. Em 1992, os mujahedins tomam a capital trazendo esperanças de dias melhores. Porém, as várias facções lutam pelo poder. A guerra continua e os talibãs assumem o controle.

Quando os pais de Laila morrem, o seu caminho cruza o de Mariam. A determinação encontra a resignação. A partir daí, elas irão viver os momentos mais emocionantes de sua vida.

4shared: A Cidade do Sol

segunda-feira, 24 de março de 2008

Papangús

Estava eu em Beberibe, conversando besteira e tomando uma gelada para passar o calor, quando de repente aparecem umas pessoas com umas máscaras horríveis pedindo qualquer coisa. As meninas que estavem de frente para a rua, tomaram um susto na hora, já eu que estava de costas só fui entender o espanto quando me virei para ver o que era...

Um dos nossos amigos explicou que aqueles mascarados recebiam o apelido de papangú e que ficavam vagando de casa em casa, atrás de... de... ah! Sei lá! De qualquer coisa que derem! E geralmente o povo dava cachaça... O que o povo não inventa para poitar bebeida, né?

Na hora eu lembrei imediatamente do meu irmão mais velho, Júnior, que vivia me chamando de papangú. Aí fiquei pensando: estaria ele fazendo uma comparação com minha "beleza"? Mas daí desencanei, porque hoje em dia ele não me chama mais de papangú. Ele me chama de BOLA!

Por que será que os irmãos tem essa mania feia de ficar denegrindo nossa imagem?

quarta-feira, 19 de março de 2008

A Paixão

traído foi ao chão
sentiu o mundo sobre suas costas
mesmo sabendo pra quê
não sabia o porquê
dias de amargura sem fim e
noites frias
cada um dos que o acompanharam
por toda a vida
nada fizeram
o sonhador agora estava sofrendo
suportando as feridas
sozinho e calado
esperando o sol se pôr
para, enfim,
libertar-se

Fortaleza, 05 de abril de 2007

sábado, 15 de março de 2008

A cada dia

Viver na certeza do abandono
não é pior do que viver
na incerteza da dúvida.
Quem vai deixa para trás
uma confusão de sentimentos.
Deixa para trás uma história.
Quem fica só se faz presente de corpo.
Perde sua alma.

Agora viver na claridade cegante da certeza,
não é pior do que viver
nos escombros de quem tenta recomeçar.

***

Aproveito cada segundo que tenho
para fugir da realidade,
pois se me permito esse tempo
é para conservar a minha sanidade.
Porque amanhã posso acordar
e não ter mais essa oportunidade.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Queria ter escrito...

DOR
(Wania Lobo)

No fundo, no fundo, o que se sente
É algo tão doído, tão demente
Tão violento, tão sem nem pra que
Que dá vontade de sair correndo
E rasgar o corpo e a alma contra o vento
De fugir pra longe, pra ninguém ver.
Uma vontade de chorar gemendo
Um choro sofrido, de quem chora tremendo,
Que começa e não quer ceder.
E depois, mais tarde, já em silêncio
Quando o olhar pensa que a dor passou.
Com o rosto lavado e sereno
Respiro fundo e penso
Que sofrer em silêncio
Também faz parte da dor.

sexta-feira, 7 de março de 2008

A de azul

Na ponto de ônibus:
- Olha cara, que gata essa de azul!
- Cadê?
- A de azul, mah!
Três segundos depois e percebendo o vacilo:
- Foi mal. Esqueci que tu é daltônico.