terça-feira, 20 de novembro de 2007

Agora sou menos

Resposta ao Mamá

E eu que já fui mais triste.
Eu, eu mesmo, que fui mais feliz.
Eu que agora sou menos.
Inegavelmente,
Menos triste e menos aprendiz.

domingo, 18 de novembro de 2007

JOGOS MORTAIS IV

"Eu não posso lhe dar tempo. Ninguém pode. Tempo é uma ilusão." (trecho do filme)

Hoje eu fui assistir "Jogos Mortais IV" e cada vez mais admiro a mente por trás da série. Na minha humilde opinião esse é um dos mais inteligentes filmes já produzidos. Primeiro, pelo texto, pela filosofia, pela simplicidade que ainda assim tem um excelente rendimento. As continuações não deixam cair a peteca, mantêm a mesma linha do antecessor, deixando um sensação de superação na hora que os créditos aparecem.

Se não fossem pelas cenas brutais, que conferem ao filme a classificação de terror/suspense, eu diria que ele seria um filme poético. Talvez seja essa função daquelas cenas tão impactantes, de não deixar que os telespectadores subestimem a beleza do filme com ufanismos e utopias, característicos, muitas vezes, da poesia e do romance.

O filme é visceral, agressivo, recomendável apenas para quem tem estômago forte. Para quem realmente está vivo, inserido no mundo. Para quem não fecha os olhos com a facilidade e que pelo contrário, está afim de ver mesmo, de aprender, de sentir. Não existe mais um fronteira bem definida separando o bem do mal. Cada um de nós carrega em si, a cada segundo, essa dualidade.

A morbidez do filme se torna irônica ao nos mostrar que por muitas vezes, desistimos da vida e ansiamos por uma morte supostamente libertadora, mas quando realmente nos deparamos com o que se deseja, percebe-se que uma vida repleta de lacunas e que somos responsáveis por esse vazio. Tentamos desesperadamente ter mais uma chance. Só que por muitas vezes já se é tarde demais.

domingo, 11 de novembro de 2007

Recusa

Eu procuro bom exemplo
em um mundo que só me dá desgosto.
Eu procuro... Procuro....
Eu procuro ouro!

Eu procuro uma solução
que me poupe a dor dos meus problemas.
Eu procuro.... Procuro...
Eu encontro dilemas.

Eu tenho que me levantar
todas as vezes que forem possíveis.
Eu tenho que tirar meu corpo do chão.
Eu tenho que ampliar o campo de visão.

Por não conseguir,
sinto-me fracassada.
Pior que as decepções da vida,
é a confiança em mim depositada.

Os adjetivos que recebo,
são rapidamente recusados.
Bonita. Inteligente. Educada.
Nada disso interessa.
Eu queria mesmo era ser OBSTINADA!